Da Agência Brasil
Brasília - O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra(MST) ocupa, desde a manhã de ontem (4), a sede do InstitutoNacional de Colonização e Reforma Agrária(Incra) em Campo Grande. O grupo reivindica agilidade no processo dereforma agrária em Mato Grosso do Sul. Segundo o MST, hácerca de 500 trabalhadores no prédio, mas a Superintendênciado Incra calcula em 300 o número de manifestantes. Os trabalhadores afirmam que só desocuparãoa sede do Incra quando suas reivindicações forematendidas. Além da agilização no processo dereforma agrária, eles pedem, entre outros itens, rapidez nadesapropriação de fazendas improdutivas e na construçãode casas em assentamentos. O movimento alega que, desde o anopassado, os processos de desapropriação e destinaçãode recursos para melhoria dos assentamentos estão parados noestado.A Superintendência do Incra no estado,entretanto, afirma que o processo de reforma agrária nãoestá parado. O Incra diz que teve dificuldades na obtençãode terras no último ano porque uma área que abrange 26municípios foi considerada terra indígena – essaárea, somada às terras do Pantanal e às inaptaspara agricultura, faz com que somente 30% das terras do estado possamser usadas para assentamentos.O instituto diz que a negociação como MST está sendo feita diariamente – na manhã dehoje, inclusive, integrantes desse movimento e de outros gruposligados aos trabalhadores do campo reuniram-se com o presidente doIncra, Rolf Hackbart.Segundo Maria de Fátima Vieira, uma dascoordenadoras do MST em Mato Grosso do Sul, após o encontrocom os trabalhadores, Hackbart disse que iria consultar o Ministériodo Desenvolvimento Agrário e que seria realizada nova reuniãoà tarde. Até o momento, não há,entretanto, informações sobre a reunião datarde.A assessoria de imprensa do Incra em Mato Grossodo Sul informou que, até o momento, não tinhaconhecimento dos resultados, nem havia recebido recomendaçõesreferentes às reuniões de hoje.