Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Osservidores do INSS e do Ministério da Saúde fizeram nestaquarta-feira (5) uma paralisação de 24 horas em todoo país. Eles exigem condições dignas de atendimentoà população, a realização de concurso público imediatopara a contratação de novos servidores e a implementaçãode planos de carreira. No Rio de Janeiro, os funcionários dos dois órgãos públicos contaram com a adesão de alguns profissionaisde unidades municipais e estaduais de saúde e realizaram umamanifestação em frente ao prédio do Ministérioda Fazenda, no centro da cidade.O Sindicato dosTrabalhadores em Saúde do Rio de Janeiro (Sindsprev/RJ) teme que o governo nãocumpra os acordos firmados com os trabalhadores, uma vez que a Medida Provisória 443exime o Estado de cumprir os acordos feitos a partir de março.Outroponto que preocupa os servidores é a possibilidade deaprovação de um projeto de lei no Congresso Nacionalque cria fundações de direito privado no serviçopúblico federal. De acordo com o diretor do Sindisprev/RJ,Júlio Tavares, o PL 92 estabelece uma nova relaçãode vínculo trabalhista em que seriam extintos os concursospúblicos e a população passaria a pagar pelosexames e atendimentos."Nãohaverá mais concurso e a área da saúde seráprivatizada. A população não terá mais odireito, garantido pela Constituição, de serviçode saúde gratuito e garantido pelo Estado”, disse JúlioTavares.ASecretaria Municipal de Saúdeconfirmou que os Postos de Assistência Médica (PAM) deBangu, Del Castilho, Irajá e o Posto Alice Tibiriçá,reduziram os atendimentos ambulatoriaisdevido à paralisação de parte dos servidores. Segundo a secretaria, os atendimentos nessas unidades foram remarcados.A Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro informou que não houveregistro de paralisação de servidores nos hospitaisGetúlio Vargas e Pedro II. Já o Ministério da Saúdeinformou que, segundo os diretores dos hospitais federais domunicípio do Rio, todas as consultas e cirurgias marcadasforam realizadas normalmente.