Especialistas vão discutir em São Paulo saídas para falta de sangue nos hemocentros

03/11/2008 - 12h50

Da Agência Brasil

Brasília - Cirurgias sem transfusãode sangue, doações voluntárias, novas campanhas de conscientização e soluções para afalta de sangue nos hemocentros sãoalguns dos temas que estarão em pauta  no Hemo 2008, maior congresso sobre sangue da AméricaLatina, que será realizado em São Paulo entre 7 e 10de novembro.  Em entrevista à RádioNacional, o presidente do encontro e diretor-executivo da SociedadeBrasileira de Hemopatologia e Hemoterapia, Dante Mário Langhi Júnior,informou que o objetivo do evento é compartilhar conhecimentos naárea e difundir as informações para os especialistas brasileiros. Para isso, além de profissionais da América Latina, 35 médicos de países desenvolvidos vão participar do congresso. "Ospaíses de primeiro mundo estão altamente desenvolvidos [na área de hemopatologia e hemoterapia]. As novidades acontecem, em muitas das vezes, primeiro lá", ressaltou.Como alternativa para economia do sangue disponível nos hemocentros, um dos pontos em discussão no Hemo 2008, ele apontou o uso racional e técnico datransfusão de sangue em cirurgias. De acordo com o presidente docongresso, é preciso diminuir, dentro do possível, a utilização doprocedimento.Langhi Júnior também destacou que, no Brasil, os riscos de transmissão de doenças emtransfusões de sangue, inclusive pelo vírus HIV, são mínimos. Segundoele, há no país uma grande segurança nesses procedimentos devido àcompetência e seriedade na área de saúde. "Hoje o Brasil alcançou umnível de segurança semelhante aos países desenvolvidos", afirmou.O especialista criticou a falta iniciativa da maioria dosbrasileiros para doar, que segundo ele, é uma explicações para aescassez de sangue nos hemocentros. "Infelizmente, no Brasil, ainda nãoexiste a cultura da doação espontânea. Ainda temos que estimular aspessoas a doarem sangue", lamentou Langhi Júnior.Júnior ressaltou aimportância da doação, não somente como uma ação humana e solidária,mas também social. "Tomar a atitude passa a ser um ato de cidadania",avaliou.