Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Comissão de Ética Pública do Planalto decidiuarquivar denúncia contra o assessor especial da Presidência daRepública Gilberto Carvalho, acusado de vazar informações sobre aOperação Satiagraha, da Polícia Federal. A comissão alegou ilicitudedas provas apresentadas. No mérito, afirmou que não foi verificadainfração ética.A denúncia contra Carvalho foi encaminhada pelojornalista Ricardo Pires, fundamentada em diálogos, transcritos pelaimprensa, entre o advogado e ex-deputado federal Luiz Eduardo Greenhalghe Gilberto Carvalho. A conversa telefônica foi interceptada em processoainda sob segredo de Justiça. No entendimento da Comissão de Ética, ovazamento dos diálogos à imprensa, nessas condições, torna a provailícita.Em nota de esclarecimento, a comissão afirma que foi“constatada a ocorrência de violação ao segredo de Justiça conferidopor lei às diligências, gravações e transcrições da interceptação dacomunicação telefônica”. Pede, inclusive, que o Ministério Público e o Ministério da Justiça tomem as medidas cabíveis para apurarresponsabilidades criminais.