Mais de 27 milhões de eleitores vão às urnas neste domingo para escolher 31 prefeitos

25/10/2008 - 17h35

Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O processoeleitoral deste ano para escolha dos 5.563 prefeitos termina amanhã (26), com a eleição de30 chefes de Executivo de cidades com mais de 200 mil eleitores. Entre elas, 11 capitais: Belém (PA),Belo Horizonte (MG), Cuiabá (MT), Florianópolis (SC),Macapá (AP), Manaus (AM), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro(RJ), Salvador (BA), São Luís (MA) e São Paulo(SP). Pelos cálculos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os eleitos devem ser conhecidos três horas após o encerramento da votação. Mais de 27 milhões de pessoas devem votar neste segundo turno.Além das 11 capitais, haverá segundo turno em 19 municípios: Anápolis (GO),Bauru (SP), Campina Grande (PB), Campos dos Goytacazes (RJ), Canoas(RS), Contagem (MG), Guarulhos (SP), Joinville (SC), Juiz de Fora(MG), Londrina (PR), Mauá (SP), Montes Claros (MG), Pelotas(RS), Petrópolis (RJ), Ponta Grossa (PR), São Josédo Rio Preto (SP), Santo André (SP), São Bernardo doCampo (SP) e Vila Velha (ES).Em Benedito Leite,  pequeno munícipio do interior do Maranhão, os eleitores também vão às urnas neste domingo para eleger o novo prefeito e nove vereadores. Isso porque a votação de 5 outubro teve de ser cancelada em conseqüência de um protesto da população, que queimou as urnas por causa do cancelamento de 400 títulos de eleitor.Entre as 11 capitais, quatro concentram os maiores colégios eleitorais do país: SãoPaulo, com 8.198.282 eleitores; Rio de Janeiro, com 4.579.365;Belo Horizonte, com 1.772.227; e Salvador, com 1.747.278eleitores. Outra grande capital que vai escolher o prefeito nestedomingo é Porto Alegre, que é a sétimacidade brasileira em número de eleitores, com 1.038.885.A votação começa às  8h e se encerra às 17h. O eleitor dessas cidades que estiver fora do domicílioeleitoral terá que justificar sua ausência, mesmo que tenha votadono primeiro turno. Neste domingo, a votação é apenas para escolha dos prefeitos. Os vereadores desses 30 municípios e  das outras 5.532 cidades foram eleitos em 5 de outubro, durante o primeiroturno. A exceção é Benedito Leite, por causa da destruição das urnas. O PT disputa a prefeitura em 15 municípios; o PMD, em 12; o PSDB, em 10;o PSB, em seis; o PTB, em quatro; o PP, em três; o DEM, o PDT, o PPS eo PR, em dois cada um; e o PV e o PCdoB, em um cada um. Ao todo, são 60candidatos ao cargo de prefeito e igual número de vice-prefeitos queestão na disputa no segundo turno.A disputa em segundo turno é acirrada em todas as cidades. Em muitas delas, os doiscandidatos são de partidos aliados ao governo federal, o que provoca divisão na própria base do presidente Luiz Inácio Lula Silva. Isso criou uma situação inusitada: em alguns municípios, há ministros fazendo campanha para um candidato e outros para oadversário.  Em outras cidades, a disputa éentre candidatos da base e da oposição. A principaldelas é São Paulo, maior colégio eleitoral do país, ondea disputa é entre a petista Marta Suplicy e o atualprefeito Gilberto Kassab (DEM). Marta tem o apoio do governo federal,inclusive do presidente Lula. Kassab tem a seu lado a maior liderança da oposição, o governadorJosé Serra (PSDB), além de todo o tucanato, de todo oDemocratas e de outros partidos da base governista, como PMDB e PP,entre outros. No Rio de Janeiro, dono do segundomaior colégio eleitoral, a disputa é entre ocandidato Eduardo  Paes (PMDB) e o deputado Fernando Gabeira(PV). Paes conta com o apoio do governo federal e do governadorSérgio Cabral. Já Gabeira é um parlamentar de oposição ao Palácio do Planalto, embora seu o PV faça parte dabase aliada. Em Belo Horizonte, terceiro maior colégio eleitoral brasileiro, a disputa é entre opeemedebista Leonardo Quintão e Márcio Lacerda (PSB).Quintão tem o apoio de seu partido e também dovice-presidente José Alencar. Lacerda tem a seu lado ogovernador tucano Aécio Neves e o prefeito petista FernandoPimentel. Mesmo tendo como candidato a vice um petista, Lacerda nãoconta com o apoio de lideranças expressivas do PT. A prefeitura de Salvador, que tem oquarto maior colégio eleitoral, é disputada pelo atualprefeito João Henrique (PMDB) e pelo petista Walter Pinheiro.João Henrique conta com o apoio dos ministros de seu partido, entre os quais o da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima. Também estão a seu lado liderançasda oposição, como o deputado Antonio Carlos Magalhões Neto, líder doDEM na Câmara dos Deputados.Em Porto Alegre, sétimocolégio eleitoral nacional, a disputa pela prefeitura é entre oatual prefeito José Fogaça (PMDB) e a deputada Maria doRosário (PT). Fogaça conta com o apoio dos ministros doPMDB, de outros partidos da base do governo federal e do tucanato doestado, liderado pela governadora Yeda Crusius. Maria do Rosário é apoiada por ministros do PT, como Dilma Rousseff (Casa Civil) e Tarso Genro (Justiça), e por outros partidos da base dogoverno federal, como o PCdoB, da deputada Manuela D'Avila, que disputou o primeiro turno das eleições em Porto Alegre.