Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - No fim da campanha à prefeitura de Salvador, osprotagonistas dos ataques não foram os dois candidatos, João Henrique (PMDB) eWalter Pinheiro (PT). Ganharam a atenção os dois principais cabos eleitoraisdas duas campanhas: o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima(PMDB), e o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), ambos da base desustentação do governo.No último comício da campanha, realizado ontem à noite (23) nobairro Cajazeiras, na periferia de Salvador, Geddel rebateu os ataques feitospelo governador aconselhando a Wagner que se espelhasse no presidente Lula. “Alguns [parece] que não aprenderam uma lição do presidente Lula.Perder ou vencer faz parte do jogo democrático. O que não se pode perder é acompostura e a dignidade”, disse Geddel em defesa de João Henrique, que foichamado de "mentiroso e traidor" pelo governador na quarta-feira, durante oúltimo comício de Pinheiro. Antes, João Henrique havia provocado os ânimos de Wagner, aochamá-lo de “lerdo” para executar as obras do governo federal na cidade.Ontem,o governador viajou para Brasília para uma audiência com Lula e ponderou anecessidade de “respeito mútuo” para que PT e PMDB continuem juntos na Bahia.