Em BH, aliados de Quintão reclamam de tratamento desigual do Judiciário e da imprensa

24/10/2008 - 15h18

Marco Antônio Soalheiro
Enviado Especial
Belo Horizonte - Aliados do candidato aprefeito de Belo Horizonte Leonardo Quintão (PMDB) convocaramhoje (24) uma entrevista coletiva para reclamar do que chamam detratamento desigual do Judiciário e de setores da imprensapara com as candidaturas do peemedebista e de Márcio Lacerda(PSB) – que é apoiado pelo governador Aécio Neves(PSDB) e pelo atual prefeito da cidade Fernando Pimentel (PT).“Estamos em umaeleição onde não existe a mesma regra para todosos candidatos. A pressão de dois palácios se exerceatravés do Judiciário e de setores da imprensa. Vivemossob o império da censura econômica com abuso dapublicidade oficial”, criticou o deputado estadual SávioSouza Cruz (PMDB), coordenador da campanha de Quintão.“Todos os limites doEstado Democrático de Direito foram transgredidos”,acrescentou o candidato a vice-prefeito na chapa de Quintãodeputado estadual Eros Biondini (PHS).O descontentamento dosaliados da coligação de Quintão se refere adecisões do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Minas Gerais que impediram o candidato dedivulgar propagandas em que associava Lacerda ao esquema do mensalão.E também a matérias publicadas na imprensa local comdenúncias contra Quintão.A ediçãode hoje (24) do jornal Estado de Minas acusa o peemedebista de lavagem dedinheiro e remessa ilegal de recursos ao exterior, fundamentada emdocumentos da Promotoria de Nova York. Também hoje, acoligação de Lacerda distribuiu panfletos com as mesmasacusações publicadas no jornal. A promessa de Quintãoé rebater as acusações no último debatena TV que será promovido à noite, a partir das 22h, na Rede GloboMinas.Presente àcoletiva, a deputada federal Jô Morais (PC do B), que ficou emterceiro lugar na disputa pela prefeitura no primeiro turno edeclarou apoio a Quintão no segundo, reclamou da “deturpação”de palavras do peemedebista na campanha de Lacerda. O socialistaexplorou uma fala de Quintão em um debate no qualo candidato do PMDB teria comparado presos políticos daditadura militar a presos comuns.“A ediçãolevou à condução de uma interpretação.Não se justifica a deformação. Eu venho de umatrajetória de luta na ditadura militar e me incomoda que essepassado, um processo doloroso que vivemos, seja usado para finseleitorais”.A coletiva foi agendadasem a presença de Quintão porque o candidato preferiudedicar todo o dia à preparação para o debate.Ele aposta que será a melhor oportunidade para tentar umareviravolta nas pesquisas que hojeindicam ligeira vantagem para Márcio Lacerda.