Aécio Neves aponta aproximação entre PSDB e PT como exemplo para o Brasil

24/10/2008 - 18h46

Marco Antônio Soalheiro
Enviado Especial
Belo Horizonte - O governador de Minas Gerais Aécio Neves(PSDB) vem demonstrando, em todas as suas intervenções na campanha de MárcioLacerda (PSB) para a prefeitura de Belo Horizonte – candidato apoiadotambém pelo atual prefeito Fernando Pimentel (PT) –, a clara intenção devincular a aliança informal firmada entre tucanos e petistas na capitalmineira a um possível futuro político do país. Hoje (23), em mais um eventode apoio ao socialista, o governador insistiu na associação.  “O que estamos sinalizando em Minas Gerais é quetemos, sim, construído convergências em cima das pessoas. Muita gente nãoaposta nisso, mas vejo muito mais afinidade em setores do PSDB e do PTdo que entre partidos que participam da base de apoio do presidenteLula”, comparou Aécio. Segundo o governador, a pertinência da tese deaproximação entre os partidos rivais independe do resultado da eleiçãoem Belo Horizonte, em nome de disputas políticas menos radicais.“Eu vou continuar essa pregação, porque maisimportante do que a vitória político-eleitoral, é a vitória da tese,porque ela é duradoura e a eleitoral é efêmera. Continuarei apostandona aglutinação de  forças menos díspares entre si para construir umagrande projeto de Brasil.  Senão, vamos ver a reedição, a partir de  2010,do radicalismo de 1994, 1998, 2002 e 2006”, avaliou o governador. Aécio atribuiu eventuais críticas vindas de outrosestados à aliança PT-PSDB em Belo Horizonte a um incômodo decorrente da tentativade Minas voltar a protagonizar a política nacional.  “Minas está renascendo, fazendo uma boa política. Amarca da minha aliança e do prefeito Pimentel em torno de Márcio Lacerda é agenerosidade. É o novo, e isso obviamente contraria interesses, porquequando Minas está unida ela é muito forte”, concluiu Aécio Neves.