Se eleito, Orlando Morando dará prioridade à saúde na prefeitura de São Bernardo do Campo

22/10/2008 - 18h07

Vinicius Konchinski
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Duas vezes vereador e duas vezes deputado estadual, OrlandoMorando (PSDB) afirma ser o candidato mais preparado para governar São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. Segundocolocado no primeiro turno das eleições para prefeito com 37% dos votos - o adversário, Luiz Marinho (PT), teve 48% -, ele disse conhecer de perto os problemas da cidade e ser o “médico ideal paracurar as doenças” do quarto município mais populoso do estado.“Se você vai a um médico que já te conhece e sabe quais sãoseus problemas, não precisa fazer uma bateria de exames para que ele prescreva o melhor remédio. Eu sei quais são os problemas de São Bernardo eposso começar a resolvê-los assim que assumir a prefeitura”,exemplificou Morando, em entrevista à Agência Brasil.O candidato afirmou também que seu comitê de campanha distribuiu50 mil questionários para ouvir opiniões da população, antes de montar seu plano de governo. Recebeu 18,5 mil respostas eestabeleceu como prioridade ações na área da saúde. “Prioridadenúmero um. Mais do que isso, prioridade número zero”, afirmou.De acordo com ele, estão em seus planos a construção de umhospital, cujo terreno já estaria reservado; a implementação deunidades de Assistência Médica e Ambulatorial (AMA), nos moldes das implementadaspelo governador José Serra (PSDB) na cidade de São Paulo, quando ainda eraprefeito; e a contratação de mais médicos.Morando disse que também pretende investir no transporte público.Assim como seu adversário, Luiz Marinho (PT), o candidato quer integrar otransporte metropolitano da Grande São Paulo com o transporte urbano domunicípio, para que os usuários paguem somente uma passagem, utilizando mais deuma linha.Ele afirmou também que pretende construir cinco mil casaspopulares em parceria com a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano(CDHU) do estado e instalar na cidade um sistema de monitoramentode câmeras de segurança. “Todos esses são projetos que já foram referendados pelogovernador [José Serra]”, disse, ressaltando o apoio de seucorreligionário.Morando disse, entretanto, que também irá procurar opresidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), caso eleito. Ele disse que pedirá apoio financeiro pararealizar a adequação do sistema viário da cidade. Eleexplicou que a atual administração já obteve um empréstimo do BancoInteramericano de Desenvolvimento (BID) para a obra, mas a crise financeira elevou ocusto das construções. “Vamos precisar de uma ajuda para pagarmos a contra-partida exigida no empréstimo”, explicou,acrescentando que espera conseguir recursos do Programa deAceleração do Crescimento (PAC) para urbanizar favelas.O candidato disse, porém, que seu maior projetovoltado à melhoria das moradias de periferia será feito em umaparceria público-privada (PPP). Segundo ele, o projeto Cara Nova pretenderealizar ações de paisagismo em bairros já urbanizados, melhorando a estéticadas casas e, por conseqüência, facilitando a conservação delas. “Vamos pagar osrebocos. Uma casa no tijolo tem muito mais chances deinfiltração”, disse.Apesar de pesquisas demonstrarem que Morando segue atrás deMarinho na corrida pela prefeitura, o candidato afirmou estar confiante na vitória. Lembrouque muitos apontavam como certa a vitória de seu adversário já no primeiroturno. Para ele, o segundo turno é uma nova eleição, e novas alianças foramfeitas buscando mais votos.De acordo com Morando, 44 vereadores eleitos estão apoiandosua candidatura, fora os 12 candidatos a vereador de sua coligação Melhor ParaSão Bernardo, composta por PSDB, PP, PMDB, DEM, PSDC, PMN e PSB. O ex-vereador, ex-secretário municipal de esportes e suplente de deputado federal Edinho Montemor (PSB) é o vice da chapa.Morando é um dos candidatos citados na “lista suja”da Associação dos Magistrados do Brasileiros (AMB). Na entrevista, eleadmitiu que responde a um processo por improbidade administrativa pelacontração de assessores, quando vereador.O Ministério Público de São Paulo argumenta queMorando, assim como outros vereadores, tinham assessores em excesso. Ocandidato, porém, conseguiu vitória em primeira instância e,atualmente, aguarda sentença do Tribunal de Justiça paulista.