Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A medida provisória (MP) editada pelo governo para aumentar a liquidez no mercado financeiroé uma “versão piorada” do Programa de Estímuloà Reestruturação e ao Sistema FinanceiroNacional (Proer). A avaliação é do deputadoPaulo Renato Souza (PSDB-SP), que protocolou hoje (22) representação na Procuradoria-Geral da Repúblicapedindo que todas as negociações decorrentes da MPsejam fiscalizadas. Segundo Paulo Renato, oacompanhamento é necessário para assegurar que nãohaja irregularidades e que os valores pagos pelos bancos públicospara comprar instituições privadas com problemas sejamadequados. “O risco é pagar mais por uma coisa quevale pouco. E isso pode trazer prejuízos para toda apopulação, porque recursos públicos serão utilizados”, disse. O deputado lembra que oProer, criado no Brasil na década de 90 para reestruturar osistema financeiro, financiou instituições privadaspara que comprassem outros bancos privados com recursospúblicos. “Aí haveria negociação sobreo valor de mercado daquela instituição”, ponderou. Paulo Renato, que foiministro da Educação no governo Fernando HenriqueCardoso, acredita que a medida provisória do governo, apesarde necessária, é inadequada, porque determina quebancos públicos comprem diretamente ativos com problemas.