Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os recolhimentoscompulsórios (dinheiro que os bancos são obrigados adeixar no Banco Central (BC) chegaram a R$ 272,015 bilhões emsetembro. No mês anterior, o total foi de R$ 259,437 bilhões,segundo informou hoje (22) o Banco Central.Depois do agravamento da crise financeirainternacional, em meados de setembro, o BC adotou medidas paraliberar depósitos compulsórios dos bancos. A primeirafoi no dia 24 de setembro, com adiamento do recolhimento compulsóriosobre depósitos de empresas de leasing e aumento dadedução à exigibilidade adicional. Com a liberação desses depósitosque os bancos são obrigados a deixar no BC, a idéia éque sobrem mais recursos para que as instituiçõesfinanceiras cubram suas despesas e emprestem dinheiro. As medidasforam adotadas por causa da falta de recursos disponíveis paraempréstimos entre bancos e para o setor produtivo. Os únicos saldos de depósitos no BCque tiveram redução de agosto para setembro foram osdepósitos a prazo, de R$ 55,050 bilhões e de R$ 60,546bilhões, a exigibilidade adicional de R$ 65,634 bilhõespara R$ 64,076 bilhões e de poupança, em títulos,de R$ 19,596 bilhões para R$ 18,878 bilhões. No caso dos depósitos referentes aoperações de leasing, houve aumento de R$ 14,280bilhões para R$ 20,551 bilhões. Segundo o chefe doDepartamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, omotivo foi aumento da alíquota de recolhimento de 10% para15%, no dia 12 se setembro, portanto antes de o BC adotar a medidareferente aos depósitos de empresas de leasing. “O maior número de medidas foi adotado noinício de outubro. Nas demais modalidades, evidentemente,vamos observar daqui para frente”, disse Lopes.