Empresa lança três variedades de cana-de-açúcar

21/10/2008 - 17h45

Da Agência Brasil

Brasília - Três cultivares de cana-de-açúcar foram lançadas, na tarde de hoje (21), pelo Centro deTecnologia Canavieira (CTC) em Goiânia. Elas têm como novidades a alta produtividade em solos pouco férteis ea presença de grande quantidade de açúcar já no começo da safra, segundo odiretor de pesquisa e desenvolvimento do CTC,  TadeuAndrade.

Essas característicassão importantes para o momento atual da cultura de cana, usada tanto para a produção de açúcar quanto para a fabricação de etanol. “Hoje existe uma necessidade de, a cadaano, a safra de cana começar o mais cedo possível” afirmou Andrade.

O diretorexplicou que, no Centro-Sul, a safra passou do começo de julho para o períodoentre março e abril, época do ano em que as cana ainda está verdes. Porisso, acrescentou, há a necessidade de uma variedade que comece a safra com elevada quantidadede açúcar.

A fertilidade em solosde baixa produtividade também é destacada. “Esse é o tipo de solo onde está anova fronteira da cana, onde ela está começando a se expandir, nocerrado goiano, no cerrado mato-grossense e no cerrado mineiro”, lembrouAndrade. As características das novascultivares são importantes para a produção de etanol e biodiesel porqueviabilizam a cana de alta produtividade nos ambientes de expansão dafronteira agrícola, que possuem solo fraco, segundo o diretor. Além do avanço da cultura para áreas menosaptas, essa característica também possibilita menor gasto com adubos, assinala a  Valane de Mello Ivo, pesquisadora da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) Tabuleiros Costeiros.A pesquisa que resultou no lançamento de hoje foidesenvolvida durante 14 anos. Não há cálculo para o gasto específico na produçãodessas três cultivares, mas o programa de pesquisas de variedades de cana teminvestimentos de cerca de US$ 4 milhões por ano, e, nos últimos quatro anos, lançou18 variedades, contando as apresentada nesta terça-feira. Todos os custos do programa sãofinanciados pelo setor produtivo e somente os associados que investem no CTCterão acesso às novas variedades, informou Andrade.