Problemas no primeiro turno foram enfrentados com coragem, diz Ayres Britto

20/10/2008 - 10h42

Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Durante o balanço do primeiro turno das eleiçõesmunicipais em 2008, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE),Ayres Britto, elogiou hoje (20) o desempenho de estadospotencialmente polêmicos, como o Rio de Janeiro – que precisou de reforço policial durante o pleito. Ele reforçou também a ausência de ocorrências graves durante as eleições e disse que a Corte segue com a mesma determinação para o segundo turno.

“Nãotivemos, senão localizadamente aqui e ali, problema ou fatoperturbador do processo eleitoral, enfrentado com proficiência,coragem, lucidez e eficiência. Nosso grande problema era oestado do Rio de Janeiro, mas o estado revelou para o país umadisposição de produzir um primeiro turno eleitoral praticamente sem nenhum problema maior, a não ser um encontroem que foi preciso usar bala de borracha.”

Eleressaltou que o presidente em exercício do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, desembargador Alberto Motta Moraes, esteve “na linhade frente” de todas as comunidades tidas como mais problemáticasou como mais expostas a influências de milicianos e detraficantes. Para Ayres Britto, o magistrado deu “um beloexemplo de destemor, de devoção à causa pública” ao visitar as comunidades.

“O Rio deJaneiro deu um exemplo magnífico de espíritodemocrático e de engajamento em um processo eleitoral deabsoluta legitimidade. Esta eleição nos anima. Temoshoje essa agradável sensação de que incorporamosalguns elementos ao DNA democrático do país.”

De acordocom o presidente do TSE, é com o mesmo ânimo do primeiroturno que o país se concentra para enfrentar a próximaetapa. Ele lembrou que o segundo turno é considerado maisfácil uma vez que o país terá uma reduçãode 110 milhões de eleitores para 29 milhões.

Do totalde 26 capitais, em 11, os eleitores voltarão às urnas no próximodomingo (26), além de 30 municípios caracterizados pelopróprio Ayres Britto como “de grande densidade eexpressividade eleitoral”. Ele lembrou ainda que os colégioseleitorais mais significativos do país, como o de SãoPaulo, ainda não conhecem seus prefeitos.