Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O aumento de 7,5% no preço do gás natural vendido pela Petrobras à Companhia Estadual de Gás (CEG) será repassado somente para a indústria e para os postos de abastecimento. Já o gás canalizado fornecido para os mercados residencial e comercial, segundo informou hoje (16) a empresa, terá redução de preço de 4,4% e 3,7%, respectivamente.Os consumidores industriais vão pagar de 6% a 8,2% a mais pelo metro cúbico do gás, enquanto o gás natural veicular (GNV) vai aumentar 8,5%. E, de acordo com os proprietários dos postos, o aumento nas bombas deverá ficar entre 3% a 3,5%. O reajuste do gás comercializado pela Petrobras passa a vigorar a partir de 1º de novembro.
Segundo explicações da CEG Rio, a redução do preço para os consumidores residenciais e comerciais erá possível mediante a adoção de uma nova metodologia, onde as tarifas de gás canalizado passaram a ser formadas a partir de uma alocação diferenciada do custo de aquisição de gás natural.
“O objetivo desta alocação diferenciada é diminuir o impacto dos aumentos do custo de aquisição do gás natural para os mercados residencial e comercial.” A empresa destaca que também ficará menor 5,5% o valor da conta mínima.
Apesar do aumento que será repassado para quem abastece com GNV, na avaliação da CEG e da CEG Rio, o gás ainda é o combustível mais vantajoso, pois permite que o motorista dirija o dobro da quilometragem, se comparado a um veículo abastecido com álcool.
Pelos cálculos das duas companhias, “a cada litro de álcool, o motorista anda 7 quilômetros. No caso do GNV, com um metro cúbico, é possível rodar até 14 quilômetros. Além disso, ainda há o desconto de 75% no IPVA”.
As informações da CEG indicam, por outro lado, que o GLP (gás de cozinha) continuará sem sofrer reajuste, o que já vem acontecendo desde 2003.