Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Quasedois meses depois do primeiroleilão do “boi pirata”, rebanho apreendido em junho naEstação Ecológica da Terra do Meio, no Pará,o Ministério Público Federal (MPF) no estado pediu àJustiça um levantamento de quantas cabeças de gadoainda estão na unidade de conservação.
O prazodeterminado pela Justiça para que todos os proprietáriosretirassemos rebanhos da área de preservação venceu emsetembro. De acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dosRecursos Naturais Renováveis (Ibama), antes da OperaçãoBoi Pirata, cerca de de 40 mil cabeças de gado ilegais eramcriadas em 14 propriedades na Terra do Meio.
O MPF pede que, caso a ordemjudicial não tenha sido cumprida, a Justiça determine aapreensão imediata e um novo leilão para venda dorebanho irregular.
De acordo com o procurador daRepública em Altamira (PA), Alan Rogério Mansur Silva,pelo menos 10 mil cabeças ainda podem estar na unidade deconservação. Na recomendação, o MPFindica que o levantamento deverá ser feito pelo InstitutoChico Mendes de Conservação da Biodiversidade,responsável pela gestão da estaçãoecológica.
O procurador ainda sugere açãoconjunta entre os órgãos ambientais e a PolíciaFederal na região, em caso de necessidade de mandado judicialpara desocupar a área.