Lourenço Canuto
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A área plantada na safra 2008/2009 deve ficar entre 47,9 milhões e 48,6 milhões de hectares, com crescimento entre 1,2% e 2,7% em relação à do último plantio. A colheita de alimentos deverá bater mais um recorde histórico, de acordo com as estimativas da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) divulgadas hoje (8).A previsão inicial da Conab - que o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes avalia que sempre faz estimativas conservadoras - é de que o país poderá colher até 144,55 milhões de toneladas de grãos.Até o final do ano devem ser comercializados 26,5 milhões de toneladas de fertilizantes, 7,7% a mais em relação ao ano passado. Até agosto já foram adquiridas 16 milhões de toneladas do produto. A aquisição de implementos para a agricultura deve chegar no final do ano a 46 mil máquinas, com crescimento de 20,7% sobre as compras feitas em 2007.Com exceção do arroz, do feijão da primeira safra e da soja, todas as culturas de verão deverão ter redução de plantio, em função dos resultados alcançados na safra 2007/8, segundo a Conab. Os produtores estão incentivados a aumentar a área plantada do arroz irrigado, em vista da alta de preços e da estabilidade de mercado desse produto.O plantio de feijão deverá crescer entre 8,6% e 11,6% em relação à safra passada, em vista de prejuízos experimentados este ano por fatores climáticos e pelo preço baixo do plantio dessa cultura. A produção de milho deverá ser reduzida entre 2,6% a 0,8% uma vez que há excedentes no mercado este ano e também em vista do custo mais alto do plantio comparado a outros produtos.A soja deverá continuar com pouco mais da área plantada na última safra, com projeção de aumento entre 1,3 a 3,2%, apesar "da alta volatilidade das cotações do grão no mercado internacional e do alto custo de produção".A produção de trigo para a safra de 2009 deverá ser de 5,79 milhões de toneladas, ou 51,4% superior à colheita deste ano. O produto está com bom preço no mercado internacional e o governo também elevou a garantia de preço mínimo, segundo explica a Conab.