Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O PSDB, um dos críticosdo número de medidas provisórias editadas pelopresidente Luiz Inácio Lula da Silva, não vai criarobstáculos para a aprovação da Medida Provisória442, editada para atender o sistema financeiro. O vice-líder dopartido no Senado, Álvaro Dias (PR), afirmou que a MP temcaráter de relevância e urgência, como determina aConstituição.“O presidente daRepública pode contar conosco no enfrentamento dessa crise.Acho isso essencial agora. A crise é de profundidade muitomaior do que o governo procurou desenhar”, disse o senador.A medida provisóriaautoriza o Conselho Monetário Nacional (CMN) a estabelecercritérios e condições especiais de avaliaçãoe de aceitação de ativos recebidos pelo Banco Centralem operações de redesconto em moeda nacional ou emgarantia de operações de empréstimo em moedaestrangeira. Também é facultado ao Banco Centralcomprar carteiras de bancos com problemas de liquidez (sem recursos).Álvaro Diasdisse que a medida provisória nada mais é do que “umproerzinho”, uma vez que possibilita o socorro a pequenos bancosque apresentem problemas de liquidez, ao lembrar o Programa deReestruturação Financeira (Proer) realizado pelogoverno Fernando Henrique Cardoso, em 1995 e que ajudou instituiçõesfinanceiras com problemas de caixa.O senador tucanoafirmou que dificilmente o seu partido apresentará emendas àmedida provisória, o que poderia dificultar a tramitaçãono Congresso.O presidente do Senado,Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), afirmou que a instituiçãodeve dar prioridade às votações de medidaseventualmente encaminhadas pelo governo para preservar a economiabrasileira dos efeitos da crise financeira internacional.“Acho que tem que sedeter sobre esse assunto, dar prioridade a ele e até deixaroutros assuntos de lado”, afirmou.