Amorim defende ampliação de comércio com América Latina para conter crise

07/10/2008 - 11h55

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O ministro das RelaçõesExteriores Celso Amorim defendeu hoje (7) a ampliaçãodo comércio do Brasil com a América Latina e com o Caribecomo forma de diminuir os efeitos da crise financeira mundial. Deacordo com Amorim, nenhum país vai conseguir se "blindar" contraa crise econômica, mas pode minimizar o impacto dos problemas.Para isso, no caso brasileiro, ele sugere a expansão domercado interno e das relações comerciais, principalmente, com a América Central, por exemplo.“Hoje temos que fazerisso [expandir], não só com o mercado interno, mas também com a América Latina e com o Caribe. [Mas com a] Américado Sul em primeiro lugar. Vamos enfrentar a crise, porém vamos sofrermuito menos do que sofreríamos em outras situações."Amorim lembrou que hácinco anos o Brasil foi criticado ao defender a diversificaçãoda balança de exportações. À época,os Estados Unidos eram o principal comprador do Brasil, atualmente,recebe menos de 15% das exportações brasileiras.“Quando dizemos que tínhamos uma estratégia dediversificar o mercado brasileiro, isso era visto com desprezo,ceticismo. Agora estamos colhendo os benefícios”.Segundo o ministro,América Latina e Caribe importam 26% dos produtos exportadospelo país. Sendo 90% deles industrializados. O chanceler CelsoAmorim formalizou hoje a entrada do Brasil como membroobservador do Sistema de Integração Centro-América(Sica), equivalente ao Mercosul da América Central. Com oacordo, o Brasil pretende não só fortalecerparcerias econômicas, mas também trocar tecnologia eações de combate à fome e à pobreza.