Marco Antônio Soalheiro
Enviado Especial
Belo Horizonte - O prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT),disse, na noite de ontem (5), que não lamenta a ausência do PMDB na aliançaem torno de Márcio Lacerda (PSB) pelo fato de nunca ternegociado com o partido de Leonardo Quintão, que enfrentará osocialista no segundo turno. Entretanto, oministro das Comunicações, Hélio Costa, o considerou responsável pelo fato de PT e PMDBcaminharem separados no estado.“O ministro [Hélio Costa], ao dizer isso, devia estaremocionado com o calor do voto. Nunca participei de qualquer negociaçãocom o PMDB”, disse Pimentel. “O PMDB, desde o início, apontou umaposição para ter candidato próprio e eu não seria personagem paraencaminhar nada”, acrescentou.Sobre a ausência do ministro doDesenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, na campanha deLacerda, por não concordar com a aliança informal firmada entre PT e PSDB(partido do governador Aécio Neves), Pimentel disse esperar uma mudançade posicionamento.“O ministro Patrus é sempre bem-vindo na campanha enunca deixou de ser. Ele não quis participar e era um direito dele. Mastenho impressão de que as instâncias do PT vão se movimentar nessesentido. Agora tem uma chapa de que o PT faz parte e outra que está emoutro campo, que não é o democrático-popular. Então, está relativamentesimples de tomar posição”, argumentou Pimentel.O pano de fundo das divergências entre FernandoPimentel, Patrus Ananias e Hélio Costa é a disputa pelo governo deMinas Gerais em 2010. Os três são cotados como possíveis candidatos.Em relação ao segundo turno em BH, Pimentel aindadefendeu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva permaneça ausente da campanha. “Euprocuro preservar o presidente de qualquer constrangimento”.O resultado do primeiro turno, segundo Pimentel, nãorepresentou uma reprovação à tese da parceria entre a gestão municipalpetista e a gestão estadual tucana.“Não foi desaprovada a tese da aliança. Porque osdois candidatos que foram ao segundo turno primaram por defenderparceria, convergência entre prefeitura e governo do estado”.