Eduardo Paes diz que já começa a buscar alianças para o segundo turno a partir de amanhã

05/10/2008 - 22h57

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O candidato à prefeitura do Rio de Janeiro Eduardo Paes, doPMDB, primeiro colocado no primeiro turno, disse estar “muito satisfeito”com o desempenho de sua candidatura. Paes chegou ao seu comitê de campanha, noRecreio dos Bandeirantes, zona oeste da cidade, pouco depois das 20h, quandomais de 95% dos votos da capital fluminense já haviam sido apurados. Ele evitoudizer, no entanto, se ficou surpreso com o crescimento da candidatura de Fernando Gabeira, doPV, com quem vai disputar o segundo turno. “O crescimento que me animou é o meu. Eu comecei com 6, 7, 8% e termineivencendo”, afirmou.Como estratégia para vencer o segundo turno, Paes garantiu que vai buscaralianças com “todas as forças políticas da cidade”, mas descartou procurar oapoio do atual prefeito Cesar Maia (DEM). “A cidade do Rio de Janeiro precisa de um gestor que converse com as pessoas,que dialogue com a sociedade, com as demais forças políticas e não de um gestorque se omita, se isole, que dialogue tão somente com um microcomputador. Eu voubuscar muitas forças políticas, mas o Cesar Maia certamente não será uma delas.Chega de divisão e de isolamento político", declarou. Questionado sobre a expectativa de receber o apoio do presidente Luiz InácioLula da Silva, Eduardo Paes disse que sua candidatura é a possibilidade dereunir o apoio das três esferas de governo. “Obviamente essa é a candidatura da base do presidente Lula. Eu sou o candidatoda base do presidente Lula que passou para o segundo turno. Claramente, nossacandidatura representa a possibilidade depois de muito tempo de união dos trêsníveis de governo ”, afirmou.Eduardo Paeselogiou alguns de seus adversários, como o petista Alessandro Molon, JandiraFeghali (PC do B) e Paulo Ramos (PDT) e adiantou que, a partir de amanhã, já começa a articular negociações políticas com objetivo de unir forças para o segundo turno. “Minha candidatura é de união. Essa cidade não pode mais ser trincheira de lutapolítica que não diga respeito aos interesses da população”, disse.