Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A CâmaraBrasileira da Indústria da Construção (CBIC) nãosentiu ainda qualquer dificuldade quanto à oferta de créditono mercado doméstico para o financiamento de imóveiscomerciais, afirmou hoje (3) o presidente da instituição,Paulo Safady Simão.Ele disse que “essesegmento de mercado ainda é incipiente, comparado ao deimóveis residenciais”, que conta com recursos do Fundo deGarantia do Tempo de Serviço (FGTS) e das cadernetas depoupança. Ressaltou, porém, que “os créditospara imóveis comerciais estão fluindo bem e nãotêm rigorosamente nada a ver com a crise financeira externa”.Safady atéadtmite que o setor seja “afetado de alguma forma” no futuro,porque “uma crise nas dimensões dessa que está aíatrapalha e cria necessidade de rearrumação. Nãohá como fugir de algum impacto, possivelmente realacionado aaumento de custo, mas nada que seja catastrófico”.O dirigente da entidadeafirmou que o setor imobiliário no Brasil “vai muito bem,obrigado”. Destaca, contudo, que os financiamentos de imóveiscomerciais representam menos de 3% do total de financiamentosimobiliários. O grosso das operações de créditoé direcionado para a compra da casa própria, de modo areduzir o déficit habitacional do país, que beira 8milhões de moradias, de acordo com o Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística (IBGE).Números do CBICmostram que de janeiro a julho deste ano foram aplicados R$ 16,381bilhões em crédito imobiliário. Do total, porém,só R$ 462,628 milhões (2,82%) referentes afinanciamentos de imóveis comerciais. Proporçãosemelhante ao mesmo período do ano passado, quando foramliberados R$ 8,534 bilhões e apenas R$ 245,785 milhões(2,88%) para imóveis comerciais.