Secretário diz que ONU não deverá discutir crise financeira

29/09/2008 - 18h03

Sabrina Craide
Enviada Especial
Nova York - Embora tenha sido um dos principais assuntos tratadosnos discursos de presidentes que participaram da 63ª reunião daAssembléia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), a crisefinanceira não deverá entrar na pauta da entidade. O secretário-geraladjunto da ONU, Robert Orr, disse hoje (29) que, apesar de considerar acrise “séria e importante”, ainda não há um consenso sobre como e ondeo tema será discutido.“Os itens da agenda que estamos trabalhando na ONUcomo crise dos alimentos, metas do milênio e mudanças climáticas nãopodem dar lugar à crise financeira”, afirmou, na sede da ONU, em NovaYork.Ele lembrou que os trabalhos da Assembléia-Geral daONU não pararam por causa da crise, que também foi abordada nosencontros bilaterais entre os presidentes que participaram do evento enas reuniões dos chefes de estado com o secretário-geral da organização, BanKi-moon.Segundo Orr, os temas da agenda da ONU continuarãotendo prioridade. “Temos que concentrar os esforços nessas áreas porqueas pessoas mais afetadas pela crise financeira são aquelas que estamostentando ajudar com essas outras iniciativas”, justificou.Durante sua participação na abertura do evento daONU, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou da entidade umaresposta para a crise financeira mundial. Em reunião com Ban Ki-moon,Lula disse que a entidade precisa estar presente na discussão sobre a crisee sugeriu um encontro dos ministros da área econômica, intermediadopelo Conselho de Economia da ONU (Ecosoc).