Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A crise financeira internacional parece estar em “momento agudo”. Isso sugere que estamos a caminho da estabilização. A afirmação é do diretor de Política Econômica do Banco Central, Mário Mesquita, que apresentou hoje (29) o Relatório Trimestral de Inflação.Mesquita enfatizou que as repercussões da crise podem ter reflexos sobre a economia mundial “ainda por um certo tempo”. “A superação da fase mais aguda da tensão no mercado financeiro não quer dizer que tudo é esquecido e volta a ser como antes”. disse.Ele afirmou que a aprovação do pacote de US$ 700 bilhões nos Estados Unidos para conter o agravamento da crise “será um passo em direção à superação das atuais dificuldades”.O diretor de Política Econômica do BC ressaltou ainda que o Brasil pode enfrentar a crise com “calma” e “serenidade”, porque têm melhores condições econômicas atualmente.Em relação à queda na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), registrada hoje, Mesquita avalia que é resultado do noticiário de que bancos europeus estariam enfrentando dificuldades.“Há uma turbulência muito grande hoje. É difícil avaliar em tempo real exatamente o que está acontecendo no mercado. Parece que o foco da preocupação hoje talvez tenha se descolado dos Estados Unidos para a Europa. Daí esse desconforto no mercado”, analisou.Ele disse ainda que há “alguma incerteza residual” de que o Congresso americano não aprove o pacote proposto pelo governo dos Estados Unidos para conter a crise financeira internacional. Esse fator também gera turbulências nas bolsas.