Lourenço Canuto
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A populaçãoainda considera “bastante crítica” a segurançapública no país, de acordo com a pesquisa CNI/Ibope, desetembro, divulgada hoje (29). A avaliação, no entanto,melhorou em relação à pesquisa realizada emmarço. A reduçãoem relação a março foi de 9 pontos percentuaisnesse quesito, sendo que o combate ao tráfico de drogas foimencionado como a principal medida que deve ser intensificada. Amaioria da população continua defendendo o emprego dasForças Armadas e a redução da maioridade penal(de 18 para 16 anos de idade) como medidas necessárias para oaumento da segurança. A adoçãoda pena de morte é rejeitada por 54% dos brasileiros. Entre aspessoas com nível superior, 61% são contrárias àmedida, sendo que 58% dos brasileiros que recebem até umsalário mínimo por mês aprovam a pena de morte.As açõessociais são apontadas como a forma mais relevante para aredução da violência no país, confrontadacom as ações repressivas. O aumento de cuidadoscom a segurança pessoal e da família foi manifestadacomo preocupação por todas as faixas de renda e deescolaridade. O combate ao tráficode drogas é apoiado por 60% da população, contra37% aferidos na última pesquisa realizada em março. O combate àcorrupção policial para melhorar a segurançapública é defendido por 42% da população,contra 16% em junho. A melhoria dopoliciamento, com aumento dos contingentes, treinamento dos policiaise compra de novos equipamentos foi considerado importante por 27% daspessoas ouvidas, contra 14% das opiniões sobre o assuntoregistradas em março. A atuação mais firme erápida da Justiça contou com 20% das manifestações,contra 9% aferidos em março. A criaçãode leis mais rigorosas para punição dos infratorescontou teve 16% das opiniões e o combate à venda e aoporte ilegal de armas, 15%. O uso das Forças Armadas nocombate à criminalidade foi aprovado por 65% da população, contra 69% apurados em março. A reduçãoda maioridade penal para 16 anos de idade conto com 62% das opiniõesfavoráveis, contra 67% em março. A privatizaçãodos presídios foi apoiada em 26% das pessoas ouvidas, contra36% em março. E a prisão perpétua contou com 31%de aprovação do público, o mesmo percentualregistrado na pesquisa de março.A pesquisa CNI/Ibopefoi realizada de 19 a 22 de setembro, quando foram ouvidas 2.002pessoas , em 141 municípios.