Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente LuizInácio Lula da Silva voltou a afirmar hoje (29) que, mesmo diante daforte crise econômica mundial, o Brasil “nunca teve umasituação tão sólida como agora”. Aocomentar os índices de emprego e desemprego apresentados peloInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nasemana passada, ele disse que o atual cenáriofinanceiro norte-americano não refletiu problemas na economiabrasileira.“Porque nósestamos exportando mais e porque a economia está crescendo.Estamos preparados para crescer mesmo com a crise americana. Agora, éimportante que o povo brasileiro saiba que uma crise de recessãoem um país importante como os Estados Unidos pode trazerproblemas a todos os países do mundo, porque eles representama maior economia do mundo”.Em seu programa semanalCafé com o Presidente, Lula afirmou estar “convencido”de que, caso o Brasil tenha que passar por “algum aperto”, será“muito pequeno”. O presidente destacou pontos como a diversificaçãoda balança comercial e o mercado interno, que para ele será capaz de sustentar grande parte da economia brasileira. “Eu fiz questãode começar o meu pronunciamento na ONU [Organizaçãodas Nações Unidas] denunciando a crise americana echamando a atenção para o papel do funcionamento dosistema financeiro no mundo. O sistema financeiro tambémprecisa ter muita ética e a minha idéia é que,daqui para frente, os Bancos Centrais possam se reunir em Basiléia[cidade onde funciona a sede do banco de Compensações Internacionais, naSuíça] e tomar medidas duras para investigar econtrolar o sistema financeiro no mundo”.De acordo com opresidente, não se pode mais permitir que bancos sejamtransformados em “verdadeiros cassinos”, onde o que vale éa aposta sem se medir as conseqüências. Lula reforçouque o sistema financeiro brasileiro não está“envolvido” na crise mundial, "que pertence" aos banqueiros americanos e europeus. “É preciso que eles assumamresponsabilidades”.