Comissão de Combate à Intolerância Religiosa recebe adesão de cinco grupos

21/09/2008 - 16h11

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Antes da caminhada na Praia de Copacabana, na zona sul,na manhã de hoje (21) a Comissãode Combate à Intolerância Religiosa recebeu cinco adesões: passaram a integrar a organização a Igreja Católica por meio daConferência  Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB),  a Igreja Anglicana, a Federação Israelita, a Sociedade Beneficente Mulçumana e os Hare Krishna.Ainda não há uma data certa para divulgação da agenda conjunta dogrupo. Mas para os novos representantes, a parceria já é algoimportante para o combate à intolerância, como afirma o bispoalnglicano Celso Franco de Oliveira."Na nossa visão, aconvivência entre as religiões é saudável. O ser humano amplia aconsciência quando compreende que Deus é muito mais gracioso, é muitomaior do que um Deus fechado em uma igreja”, afirmou.Uma das das principais metas da Comissãode Combate à Intolerância Religiosa em 2009 é impedir a transmissão de programas de televisão com conteúdopreconceituoso contra religiões. A comissão, que é umaorganização da sociedade civil, foi responsável pela coordenação dacaminhada contra o preconceito religioso, na manhã de hoje.De acordo com representante da comissão, o babalorixá Ivanir dos Santos, a proposta é manter um fórum de diálogo inter-religioso permanente, por meio de uma agenda conjunta, com a meta de difundir a tolerância e acabar com os ataques e as perseguições, entre eles o preconceito em programas de TV.“Temos que ter mecanismos que coíbam a transmissão pelos meios de comunicação, principalmente as televisões, que são concessões públicas, dos ataques sistemáticos contra nossas religiões”, disse sem citar exemplos. “Contra isso há um silêncio”. Santos disse que o grupo ainda vai discutir o assunto e por meio de parcerias com o Ministério Público decidir o que fazer. Mais cedo, o ministro da Igualdade Racial, Edson Santos, defendeu punição mais rigorosa para o preconceito e a criminalização dos líderes religiosos que incitem esse tipo de violência.