Pré-sal deve produzir 120 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia, diz consultor

16/09/2008 - 17h36

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A produçãode gás natural, da Bacia de Santos, na área do pré-sal, poderá chegar a até 120 milhões de metroscúbicos por dia. A estimativa foi  apresentada hoje (16), pelo diretor da empresa de consultoria Gas Energy, Marco Tavares, na Rio Oil & Gas, evento na área de petróleo e gás, que se realiza no Rio de Janeiro.Ele disse que, além de aumentar acapacidade interna de produção e garantir aauto-suficiência na produção de gás, opaís poderá também se tornar exportador de gásnatural liqüefeito, mercado no qual a Petrobras começou a operar recentemente. "O potencial, pelarazão gás/óleo, é de produçãode 120 milhões de metros cúbicos por dia. Mesmo segrande parte tiver que ser utilizada para reinjeção, naprodução de petróleo, sobrariam 70 milhões ou 80 milhõesde metros cúbicos. É uma quantidade maluca. Nãovai ter nem mercado."A estimativa, segundo Tavares, é somente para a área emtorno de Tupi. As reservas do pré-sal se estendem do litoral doEspírito Santo até o de Santa Catarina. Para Tavares, amelhor maneira de extrair o gás do pré-sal, devido aoscustos da indústria, é a construção deplantas de liquefação de gás, para tranformaçãoem gás natural liqüefeito, em alto-mar.Essa possibilidade já está em estudo por técnicos da estatal, conforme já havia anunciado, recentemente, a diretora de Gás eEnergia da Petrobras, Maria das Graças Foster. Segundo ela, aempresa poderá ter as primeiras plantas de gaseificaçãoem alto-mar do mundo e a Petrobras poderia até exportar oexcedente.Atualmente, a Petrobrasproduz cerca de 62 milhões de metros cúbicos de gásnatural , mas disponibiliza apenas 35 milhões para o mercado. O consumo é de 60 milhõesde metros cúbicos por dia, mas o país precisa de uma complementaçãodos 31,7 milhões vindos diariamente da Bolívia.Marco Tavares disse que o pré-sal é uma oportunidade para o Brasil, não só de expandir a produção de petróleo, mas também de exportar gás natural liqüefeito e ainda desenvolver sua indústria petroquímica.