Pedidos de antecipação do 13° salário crescem 140% este ano, segundo Banco do Brasil

12/09/2008 - 19h34

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - As facilidades de créditobancário fazem com que os trabalhadores contratem mais dívidaspara satisfazer os desejos despertados pelo apelo comercial. Apredisposição para o endividamento tem sido tanta queas antecipações do 13º salário no Banco doBrasil cresceram 140%, de janeiro a agosto deste ano, comparado aigual período de 2007.De acordo com númerosdivulgados pelo BB, nos oito primeiros meses deste ano, foramcontratadas 579 mil antecipações do 13º salário,no valor total de R$ 292,2 milhões, contra desembolsos de R$121,5 milhões, no mesmo período do ano anterior, paraatender 239 mil pedidos de antecipações.A modalidade de empréstimo,conhecida como BB Crédito 13º Salário, permite aantecipação de até 80% do benefícionatalino, com custo de 2,99% ao mês para o trabalhador, a serpaga em parcela única quando o 13º for creditado, nofinal do ano. A linha de crédito está disponívelpara clientes cujo empregador mantenha convênio para essafinalidade.Além da antecipaçãoda gratificação natalina, os trabalhadores tambémpodem usufruir do empréstimo consignado em folha de pagamento,com juros um pouco menores, em torno de 2,36% ao mês. Essa taxatem subido todos os meses à medida que o Banco Central aumentaa taxa básica de juros (Selic).Apesar dos aumentos constantes, ocrédito consignado, por não oferecer risco deinadimplência, é bem mais barato que o créditopessoal. De acordo com dados do BC, referentes a julho, os bancoscobravam 53,6% ao ano, no crédito pessoal, contra 28,4% noempréstimo com desconto direto no salário. A modalidadeé a mais usada por servidores públicos, ativos einativos.Em função dessadiferença, o crédito consignado cresceu 13,8% dejaneiro a julho e equivale a R$ 73,644 bilhões, ou 55,5% dototal de empréstimos bancários a pessoas físicas.Embora mais caro, o crédito pessoal tem tido boa expansão,por conta das compras financiadas de aparelhos eletroeletrônicos.Mas, como nem todos têm ocontrole exato sobre quanto podem gastar, as estatísticas doDepartamento Econômico do BC mostram que a taxa deinadimplência da pessoa física evoluiu de 7%, em junho,para 7,3% no mês seguinte. Os números referentes aagosto serão divulgados no próximo dia 29.