Exercício militar mostra que podemos proteger bacias petrolíferas, diz contra-almirante

12/09/2008 - 15h11

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A OperaçãoAtlântico, manobras militares das três ForçasArmadas que começou hoje (12) e simula uma disputa por baciaspetrolíferas brasileiras, sinaliza à comunidadeinternacional que o país tem condições deproteger seus recursos naturais na costa marítima, disse ocoordenador dos exercícios, contra-almirante Edilander dosSantos. “Emitimos um sinal àcomunidade internacional que estamos preocupados com a nossa defesa,o que implica dizer que estamos, em tese, aptos a executar a defesado nosso patrimônio”, afirmou Santos durante exposiçãona base da Marinha, na Ilha do Mocanguê, em Niterói(RJ).O contra-almirantedisse que o país não sofre ameaças no momento.Ele rechaçou supostos sinais de intimidação coma reativação da Quarta-Frota da Marinha dos EstadosUnidos na América Latina e o anúncio de manobrasconjuntas das Forças Armadas da Rússia com a daVenezuela. “Não temosnenhum desafiante em vista, pelo menos no médio prazo. Mas opreparo das Forças Armadas não pode se prender aoinimigo, temos que estar prontos para quando ele surgir”, disse. Mais de 10 milmilitares participam nos próximos 14 dias da OperaçãoAtlântico, que treina a defesa de campos de petróleo,além de dutos e refinarias no Espírito Santo, Rio eJaneiro e em São Paulo, onde foram recém-descobertasnovas reservas de petróleo na camada pré-sal.