Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Banco do Brasil pretende reforçara sua atuação junto às micro e pequenas empresasde base exportadora, visando elevar a participaçãodesse segmento econômico no volume total embarcado pelo país,que hoje é de 2%.
A informação édo gerente executivo de Micro e Pequenas Empresas do BB, KedsonPereira Macedo. Em entrevista à Agência Brasil,ele destacou que a medida se insere na nova política dedesenvolvimento produtivo do governo federal.
Hoje, a carteira de créditodo banco para as micro e pequenas empresas exportadoras ainda épequena, reconheceu Macedo. O total financiado especificamente para aatividade da exportação´e de R$ 400 milhões.
“Ainda, no nosso ver, é umacarteira muito pequena, se você comparar, por exemplo, comvolumes destinados a esse segmento em outros países”,declarou o gerente.
Segundo ele, na Itália, 80%das exportações totais são feitas por micro epequenas empresas. Por isso, o objetivo é colaborar para que osegmento, no Brasil, amplie sua presença na pauta deexportações.
O banco trabalha no desenvolvimentode produtos diferenciados e na busca por mais acesso a mercados, paraalcançar a meta. “Procurando identificar em outros paísesempresas que tenham capacidade de fazer parcerias com empresasbrasileiras para aumentar o fluxo de comércio entre companhiasnacionais e internacionais.”
O Banco do Brasil trabalha com apossibilidade de aumentar a carteira de crédito para as microe pequenas empresas, beneficiando também outros projetos, quenão só a exportação.
Segundo Macedo, estima-se umcrescimento de 40% ainda este ano. “O BB deve crescer este ano suacarteira de crédito, para esse segmento, em torno de 40%, emrelação a dezembro de 2007”. Espera-se chegar ao final do ano com R$ 33 bilhõesem operações de crédito contratadas junto amicro e pequenas empresas. No ano passado, o BB fechou em operaçõesde financiamento para o segmento com um total de R$ 23,6 bilhões.Em 2009, a perspectiva é crescer mais 35%.Macedo avaliou que a Lei Geral da Micro e PequenaEmpresa beneficiou o setor, ao introduzir a preferência dessesegmento nas compras governamentais nos três níveis -federal, estadual e municipal. “Isso tem elevado em muito osvolumes de recursos de vendas das pequenas empresas para o governofederal, por exemplo.”Em 2006, as micro e pequenas empresas venderam aogoverno federal R$ 2 bilhões. Esse volume subiu, em 2007, paraR$ 9,2 bilhões. A previsão é de que esse númerochegue a R$ 15 bilhões, até o fim do ano.