Atletas acreditam que participação do Brasil nas Paraolimpíadas será a melhor

04/09/2008 - 6h07

Danilo Macedo
Enviado Especial
Pequim (China) - As Paraolimpíadasde Pequim começam em dois dias - sábado, dia 6 - e os atletas brasileiros estãoconfiantes de que será a melhor participaçãobrasileira na história dos jogos. Acomodados na VilaParaolímpica desde o último sábado (30), eles dizemque encontraram a melhor estrutura física e de serviçosjá oferecida em competições. André LuizGarcia, do atletismo para pessoas com baixa visão, estáem sua terceira Paraolimpíada e conta que o desempenho dosbrasileiros tem evoluído muito. “Muitos atletas melhoraramsuas colocações nos rankings mundiais e isso aumentoumuito a expectativa de o Brasil fazer uma ótima participação,principalmente no atletismo”.Segundo ele, osinvestimentos no esporte paraolímpico cresceram também.A participação dos atletas em mais competiçõesinternacionais e o período de aclimatação emMacau, antes de chegar a Pequim, podem ser grandes diferenciais emrelação aos últimos jogos.Em relaçãoà percepção que os atletas brasileiros esperamque os espectadores tenham dos jogos, Garcia chama a atençãopara a determinação e a alegria. “Deve-se observar adeterminação dos atletas, o empenho que estãoimpondo em suas competições. Porque, além desuperar adversários, eles precisam superar limitaçõesfísicas. E também a alegria, porque esporteparaolímpico, além de tudo, demonstra bastante alegriado atleta em participar de uma competição destetamanho”, disse.Atleta estreante emParaolimpíadas, André Luis Oliveira, da corrida e dosalto em distância, diz estar preparado para fazer o melhor efalou do incentivo que recebeu para vir a Pequim. “É tudonovo, estou super contente, muito ansioso, mas pronto para enfrentaras feras. O Zequinha Barbosa, antes de eu vir do Brasil pra cá,disse: André, você está numa festa de leãoonde tigre não entra. Então, você é umleão também. Pra cima deles!”, contou. Na vila, a delegaçãobrasileira tem como vizinhos os dinamarqueses, ao lado, e aGrã-Bretanha, à frente. Carlos Garletti, atleta do tiroesportivo, disse que por ali não há muito interaçãoentre as delegações. “A bagunça acontece éno refeitório”. Mas entre os próprios brasileiros não falta interação. O movimento de entrada e saída de pessoas no prédio é dos maiores.