Uso de tecnologias de investigação para fins ilícitos é reprovável, diz procurador-geral

03/09/2008 - 16h27

Ana Luiza Zenker
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O procurador geral daRepública, Antonio Fernando de Souza, afirmou hoje (3) que o usotecnologias de investigação para fins ilícitos é“reprovável e deve ser rigorosamente punido”.No entanto, ele fez umaressalva destacando que a utilização inadequada nãopode ser motivo para proibição do uso lícitodesses equipamentos na investigação de irregularidadespor autoridades competentes.Ele acrescentou que nãoexiste autoridade imune e que não possa ser investigada. Souzadestacou ainda a tarefa do Poder Judiciário de punir infratoresdando “a adequada e pronta resposta a irregularidades em todas assuas formas”.A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) éacusada de ter interceptado ilegalmente telefonemas no gabinete do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministroGilmar Mendes, e de outras autoridades. A denúncia foi publicada em reportagem publicadapela edição desta semana da revista Veja.O procurador-geral da República participa da cerimônia de posse do novo presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Cesar Asfor Rocha.