Só haverá varredura no Senado se a investigação considerar necessário, diz Corrêa

03/09/2008 - 15h14

Priscila Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A PolíciaFederal não pretende, por enquanto, fazer uma varredura nascentrais telefônicas da Câmara e do Senado em busca degrampos. Mas a varredura poderá ocorrer se os delegadosresponsáveis pelas investigações de grampostelefônicos julgarem necessário. A informaçãoé do diretor da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa."Varreduras sãomedidas preventivas, não necessariamente um método deinvestigação", explicou. "O Congresso temcapacidade técnica instalada e pode ser feito por ele[Congresso] no sentido de preservar o ambiente. Se osdelegados entenderem que precisa de alguma perícia aqui,através desses canais institucionais que estabelecemos hoje,serão acionados para atender essa demanda", completou.Em visita aospresidentes da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e do Senado,Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), o diretor da Polícia Federaldisse que a instituição está à disposiçãodos parlamentares para que colaborem com as investigações.Corrêa disseainda que o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) seráouvido pela Polícia Federal amanhã (4) de manhã.Ele teve uma de suas conversas com o presidente do Supremo TribunalFederal (STF), Gilmar Mendes, gravada e deverá prestaresclarecimentos sobre o grampo.O caso tambémestá sob investigação do Senado. O presidente daCasa, Garibaldi Alves Filho, deu prazo de cinco dias para que aPolícia Legislativa conclua as investigaçõessobre a possibilidade de grampos na Casa.