Senador critica prazo dado por Garibaldi para conclusão de investigações sobre grampo

03/09/2008 - 17h37

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A decisão dopresidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), de estabelecerum prazo de cinco dias para que a Polícia do Senado apresenteresultados da investigação sobre os supostos grampostelefônicos praticados contra parlamentares foi criticada pelo líder do PSDB, Arthur Virgílio Neto (AM). O líder disse que a medida vai limitar aações da Secretaria de Polícia do Senado. "Jáconsidero errado ele atrair para o Senado uma coisa que não édaqui, e agora estabelece um prazo de cinco dias", criticou olíder tucano.Para Arthur Virgílio,ao estabelecer um prazo tão curto para as investigações,o presidente do Senado pode torná-las superficiais. Diante dadecisão tomada por Garibaldi, a Polícia do Senado daráprioridade, em um primeiro momento, a uma vistoria na centraltelefônica e a ouvir os senadores supostamente grampeados.De acordo com a revistaVeja, entre as vítimas das escutas clandestinasestariam o próprio Garibaldi Alves Filho, o primeirovice-presidente do Senado, Tião Viana (PT-AC), e o senadorDemóstenes Torres (DEM-GO). Também nãoestá descartada a possibilidade de se realizar varreduras nosgabinetes e nas linhas telefônicas que servem aosparlamentares.Ontem (2), ementrevista à Agência Brasil, o diretor daSecretaria de Polícia do Senado, Pedro Ricardo AraújoCarvalho, disse que o tempo das investigaçõesdependeria dos resultados colhidos em seu andamento. A princípio,o diretor estabeleceu um prazo de 30 dias, que poderiam ser prorrogados.Ele nãodescartou, inclusive, que as investigações sobre apossibilidade de os grampos terem ocorrido nas dependências doCongresso se encerrassem antes do prazo de 30 dias.