Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os presidentes do PSDB,do DEM e do PPS, que fazem oposição ao governo,condenaram em nota conjunta a suposta quebra do sigilo telefônicodos presidentes do Supremo Tribunal Federal e de senadores. "A mera hipótesede que esse fato venha a permanecer não esclarecido, impune,faz girar para trás 20 anos a roda da democratizaçãodo Brasil, que tem no Supremo e no Congresso seus principaisguardiões", diz a nota, que acrescenta tratar-se “de umatentado ao livre funcionamento do STF, do Senado e da democracia".Os partidos manifestam"preocupação com as violações tãograves e declaram sua indignação diante da reaçãofrouxa do presidente da República e de seus auxiliaresimediatos". Os presidentes dospartidos que assinam a nota, senador Sérgio Guerra, do PSDB, odeputado Rodrigo Maia, do DEM, e Roberto Freire, do PPS, defendem queé preciso buscar nas próprias instituiçõeso "antídoto contra o veneno do autoritarismo". Segundo a nota, “épreciso que se diga claramente que cai a zero nossa confiançana capacidade do Poder Executivo de se auto-investigar". Ainda de acordo com anota, os partidos vão apelar ao Judiciário, na pessoados ministros do STF e de cada magistrado do país e aoMinistério Público para que se engajem na apuraçãodos fatos "delituosos". Eles tambémafirmam que “o Congresso tem que sair da letargia e contribuir paraa sua própria defesa, atuando como instância delegitimação e apoio às investigaçõesnecessárias à defesa da democracia”.