Metarlúrgicos paulistas deflagram série de paralisações por reajuste

03/09/2008 - 20h45

Vinicius Konchinski
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Sindicatos de metalúrgicos de diversos municípios do estadode São Paulo realizam nesta semana uma série de manisfestações parareivindicar maiores reajustes salariais. Entidadesfiliadas a pelo menos três centrais sindicais já promoveram paralisações dealerta envolvendo quase 14 mil trabalhadores no intuito de pressionar o Sindicato dos Fabricantes de Veículos Automotores(Sinfavea) e as montadoras a melhorar a proposta de aumento para os funcionários dosetor.O Sinfavea informou por meio da assesoria de imprensa quenão comenta negociações coletivas. Os metalúrgicos afirmam, entretanto, que osindicato patronal já ofereceu aos trabalhadores aumentos de 1,25%, mais opercentual da inflação - índice bem abaixo dos quase 19% reivindicados pelacategoria.Adilson dos Santos, presidente do Sindicato dos Metalúrgicosde São José dos Campos, que realiza campanha salarial unificada com sindicatosde Campinas, Limeira e Santos, afirmou que as atividades de quatro fábricas foram100% paralisadas hoje (3): GM (São José dos Campos), Honda (Sumaré), Toyota(Indaiatuba) e Mercedes-Benz (Campinas).A fábrica da Mercedes-Benz de São Bernardo do Campo tambémdeixou de produzir cerca de 150 ônibus e caminhões devido a uma paralisação organizada poroutro sindicato, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Segundo a entidade, 3 mil funcionáriosparticiparam da manifestação.Amanhã (4), os sindicatos realizam mais uma rodada de negociaçãocom o Sinfavea. Após as reuniões, já estão convocadas assembléias paradiscussão dos rumos dos movimentos.Também amanhã, a Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos doEstado de São Paulo promove uma passeata até o prédio da Federação dasIndústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), no centro de São Paulo. Namanifestação, eles vão exigir 20% de aumento salarial, valorização do piso dacategoria, jornada de 40 horas semanais, ratificação da Convenção n° 158 daOrganização Internacional do Trabalho (OIT) e o fim da terceirização.