Lobão diz que licitação para exploração de petróleo no mar foi suspensa por cautela

03/09/2008 - 20h18

Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O interesse em defendero petróleo da camada pré-sal e a dificuldade deexploração no mar foram os principais motivos para oConselho Nacional de Política Energética suspenderqualquer tipo de licitação de extração deóleo no mar até que as mudanças na legislaçãodo setor sejam definidas. De acordo com oministro de Minas e Energia, Edison Lobão, havia anteriormentea intenção de autorizar a exploraçãomarítima em águas rasas e em áreas longe dasreservas do pré-sal, mas, por cautela, o conselho decidiuautorizar licitações apenas em terra. “Houve a preocupaçãode não fazer absolutamente nada no mar”, admitiu Lobão.Ele justificou que asempresas exploradoras de petróleo, entre elas a Petrobras, játêm um número grande de campos à disposiçãoe estão com dificuldades de explorá-los por falta deequipamentos. “Se fizéssemoshoje uma nova licitação no mar, as empresas ganhadorasnão teriam condições de explorar o petróleo,porque já não estão explorando com os blocos queganharam no passado”, argumentou. Lobão disse quea intenção do governo ao permitir apenas exploraçãoem terra é possibilitar a participação de umnúmero maior de interessados em explorar o petróleo noBrasil. Segundo ele, ao contrário do que acontece com aexploração no mar, a exploração terrestredesperta o interesse de um grande número de empresas. O ministro acredita quea ausência de blocos marítimos na 10ª rodada delicitações não irá desestimular aparticipação de interessados. “Há um grupogrande de produtores que operam exclusivamente em terra. Para queesse grupo não se queixe que não existem novasoportunidades, estamos expondo tantos [171] blocos”,afirmou. Lobão disse quea comissão interministerial que está estudando mudançasna legislação sobre a exploração dopetróleo deverá pedir o adiamento do prazo para entregado relatório ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Aconclusão dos trabalhos, prevista para o dia 19 de setembro,deverá ser adiada em 10 dias.