Diretor afastado da Abin diz que órgão não atua no submundo

03/09/2008 - 15h58

Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O diretor-adjunto daAgência Brasileira de Inteligência (Abin), JoséMilton Campana, afastado na última segunda-feira (1) do cargojuntamente com toda cúpula do órgão pelopresidente Luiz Inácio Lula da Silva, disse há poucoaos deputados da Comissão Parlamentar de Inquérito dasEscutas Telefônicas Clandestinas, que o órgão nãorealiza escutas telefônicas clandestinas.“A Abin nãofez e não faz interceptação telefônica.Não atua no submundo, de forma sub-reptícia”, disseCampana, que pediu para prestar depoimento à CPI.O afastamento deCampana ocorreu devido às suspeitas de que a Abin teriarealizado escutas clandestinas que atingiram vários políticose autoridades, entre elas o presidente do Supremo Tribunal Federal(STF), ministro Gilmar Mendes. As denúncias foram publicadaspela revista Veja no último fim de semana. Em sua explanaçãoinicial, Campana, que já trabalhou no extinto ServiçoNacional de Informações (SNI), destacou que a Abin tema função de “produzir oportunamente conhecimento deinteligência para o processo decisório do governo esalvaguardar dados”.Ele negou que a Abintenha grampeado o presidente do STF. “A Abin jamais utilizoumecanismos espúrios e ilegais para atuar. A Abin jamaisexecutou as ações espúrias citadas pela revistade circulação nacional”, garantiu Campana.