Cezar Britto defende ação contundente do Estado contra grampos

03/09/2008 - 19h32

Ana Luiza Zenker
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, afirmou hoje (3) que espera que a revolta demonstrada pelo presidente da República e por outras autoridades no caso das denúncias de escutas telefônicas ilegais no Supremo Tribunal Federal (STF) venha a se traduzir em ações do poder público.“Ações no Legislativo, com a aprovação da legislação que controle o grampo e o abuso de autoridade, ação no Executivo, com a condenação de quem assim o fez”, afirmou, depois da cerimônia de posse do novo presidente do Superior Tribunal de Justiça (STF), Cesar Asfor Rocha.Para Britto, a sociedade brasileira foi surpreendida com as denúncias de grampo. “Ninguém podia imaginar a ousadia de se grampear o guardião da Constituição, que é o Supremo Tribunal Federal; ninguém podia imaginar que ministros de Estado estavam sendo grampeados e que esse grampo estava à disposição nos aparelhos de policiais brasileiros”, disse.Depois das críticas feitas ao uso indiscriminado das escutas telefônicas no país, o presidente da OAB defendeu uma resposta contundente do Estado no combate às escutas ilegais. “Nós não podemos aceitar que seja normal o estado de bisbilhotagem que começa a imperar no Brasil”, concluiu.