Supremo diz que grampo é grave e aguarda "providências" da Presidência

01/09/2008 - 17h56

Marco Antonio Soalheiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Apósreunião, que durou mais de uma hora, os ministros do SupremoTribunal Federal (STF) decidiram não conceder entrevista sobregrampos atribuídos à Agência Brasileira deInteligência (Abin), que flagraram conversas do presidente daCorte, ministro Gilmar Mendes, com o senador Demóstenes Torres(DEM-GO).Emnota, lida pelo secretário de comunicação,Renato Parente, os ministros se limitaram a dizer que aguardamas providências "exigidas pela gravidade dos fatos" por parte da Presidência da República.Antes, o senador Demóstenes disse que vai pedir a Lula que tomeprovidências “duras” contra a Abin. Ele disse ter certeza de que o presidente não está envolvido, mas afirmou que é necessário agir para eliminar qualquer dúvida.Éa seguinte a nota do Supremo Tribunal Federal: “O Supremo Tribunal Federal, reunidoem Conselho, foi informado pelo seu presidente do teor do encontroocorrido nesta data com o Excelentíssimo Senhor Presidente daRepública e decidiu aguardar as providências exigidaspela gravidade dos fatos”, diz a nota.SegundoParente, dez dos onze ministros aprovaram, por unanimidade, a nota. Aministra Cármen Lúcia foi a única ausente, porestar em viagem, mas por telefone, avisou aos colegas que concordaria com o que fosse decidido pelo Conselho.