Exportações brasileiras crescem acima da média mundial

01/09/2008 - 19h01

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - As exportaçõesbrasileiras registraram, em agosto, o segundo melhor saldo mensal doano, com vendas de US$ 19,747 bilhões, contra US$ 20,451bilhões do mês anterior. Na média diária,as vendas de agosto foram melhores que as de julho, mas o mêsanterior teve dois dias úteis a mais, de acordo com WelberBarral, secretário de Comércio Exterior do Ministériodo Desenvolvimento, Indústria e ComércioExterior.Segundo ele, as exportações de janeiroa agosto somaram US$ 130,843 bilhões, com crescimento de 29,3%sobre o mesmo período de 2007, “acima, portanto, docrescimento médio mundial, de 15,3% ao ano”. Destacou tambémque no acumulado dos últimos 12 meses as vendas somam US$ 189bilhões, muito próximo da meta anual de US$ 190bilhões, o que "deve provocar revisão da meta nopróximo mês".Barral disse que “tanto asexportações quanto as importações tiveramevoluções recordes”, em que pese as compras deprodutos externos terem crescido mais e provocado menores saldoscomerciais (exportaçõesmenos importações). O saldo de agosto, no valor de US$2,269 bilhões, foi 35,92% menor que em agosto do ano passado;e no acumulado do ano o superávit soma US$ 16,907 bilhões,com queda de 38,43% em relação a igual períodode 2007.O secretário deComércio Exterior disse que os destaques nas exportaçõesde produtos manufaturados em agosto, comparados ao mesmo mês doano passado, foram gasolina (+121,4%), álcool etílico(+94,1%), óxidos e hidróxidos de alumínio(+74,2%), tratores (+48,2%) e aviões (+35,8%). Quanto aossemimanufaturados, as maiores vendas externas foram de produtosd deferro/aço (+231,7%), ferro fundido (+153,4%), ferro-ligas(+76,3%) e óleo de soja (+55,2%).Entre os produtosbásicos, os maiores aumentos ocorreram nas vendas de minériode cobre (+224,1%), petróleo em bruto (+144,1%), minériode ferro (+110,1%), soja em grão (+75,1%), carne de frango (+69%), carne bovina (+49,3%), café em grão (+30,7%),carne suína (+29,4%) e farelo de soja (+23,5%).Além docrescimento de tradicionais produtos da pauta de exportações,Welber Barral destacou, no grupo dos manufaturados, que “houveampliação significativa de itens com pequenaparticipação no rol de vendas brasileiras láfora, o que mostra a continuidade do processo de diversificaçãoda pauta brasileira de exportações”. Entre eles,tubos flexíveis, soda cáustica, resíduos depetróleo como coque e betume, carbonetos, leveduras, produtoshortícolas e até farinhas e torresmos.O secretárioafirmou que “as vendas foram maiores em todos os principais blocoseconômicos”, com destaques para a Ásia (+76,3%),especialmente para a China, por conta principalmente de minériode ferro, soja em grão, siderúrgicos, combustíveise carnes. Houve crescimento considerável também para aÁfrica (+68%) em gasolina, açúcar, carnes,minérios, máquinas e equipamentos; para a EuropaOriental (+52,4%), Mercosul (+40,9%) e Oriente Médio (+31,7%).As menores taxas decrescimento foram dos países mais diretamente afetados pelacrise financeira no mercado imobiliário; razão porqueas vendas para a União Européia aumentaram só26% e para os Estados Unidos 18,8%. Apesar disso, os EUA continuamsendo nossos maiores compradores (US$ 2,411 bilhões no mês),seguidos de China (US$ 1,972 bilhão), Argentina (US$ 1,694bilhão), Países Baixos (US$ 995 milhões) eAlemanha (US$ 786 milhões).Barral ressaltou aindaque houve expressivo crescimento das exportações tambémpara mercados não-tradicionais na pauta brasileira, comoIslândia, Ilhas Virgens, Paquistão, Luxemburgo, Zimbabuee Chade, como resposta ao esforço de diversificaçãodo comércio externo.