Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio de Janeiro, desembargador Roberto Wider, divulgou nota hoje (29) apoiando a Operação Voto Livre, da Polícia Federal, que cumpre 22 mandados de prisão contra pessoas ligadas à milícia conhecida como Liga da Justiça.Entre os presos está a candidata Carmem Glória Guinâncio Guimarães, a Carminha Jerominho (PTdoB), filha do vereador Jerominho, detido por envolvimento com as milícias. As prisões foram pedidas pelo Ministério Público Eleitoral ao TRE, que emitiu os mandados de prisão."A providência obtida pela Polícia Federal, em conjunto com a Justiça Eleitoral, dá uma resposta adequada a essa quadrilha de milicianos que pretende amedrontar essas comunidades carentes com o objetivo de obrigá-las a votar nos candidatos de seu interesse nas eleições de 2008. Com isso, nós estamos garantindo a ampla regularidade e segurança do pleito, como foi prometido pelo presidente do TSE [Tribunal Superior Eleitoral], ministro Ayres Britto".Wider afirmou que a operação pode levar à cassação do registro dos candidatos envolvidos. "Há crimes eleitorais graves que estão sendo investigados, além de crimes comuns sérios, sempre procurando fraudar o processo eleitoral."Para o desembargador, a operação não invalida o envio de forças federais para garantir a segurança da eleição no Rio. "As forças especiais virão para dar uma garantia a mais. A ação de hoje da Polícia Federal leva à desarticulação dessas quadrilhas. Esses dois fatores mostram ao eleitor que ele não precisa se sentir amedrontado por esses grupos."