Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A interferênciado governo na economia para combater a inflação “destavez é mais moderada”, na opinião do ministro da Fazenda, Guido Mantega. Segundo ele, as empresas brasileiras têm investido na produção,os brasileiros têm mais acesso a crédito e realizam osonho de comprar casas e carros. Neste ano, o governoanunciou o aumento de 3,8% para 4,3% no superávit primário(economia que o governo faz para honrar seus compromissosfinanceiros) e a taxa básica de juros já foi elevada emum ponto percentual pelo Banco Central. Houve ainda reajuste doImposto sobre Operações Financeiras (IOF) para ocrédito às pessoas físicas e o compulsóriopara as operações de leasing, o que pode reduzir aexpansão do crédito.Mantega citou asmedidas de desoneração, como a redução daContribuição de Intervenção no DomínioEconômico (Cide) para a gasolina e o diesel, bem como doPrograma de Integração Social e da Contribuiçãopara Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins) para o pãoe a farinha. A projeçãodo ministro é que a economia cresça cerca de 5% neste ano enos próximos. Ele lembrou que a inflaçãojá apresenta redução, “onde começou asubir”, como no caso do petróleo, trigo, milho e arroz, porinfluência do mercado internacional. Mantega ressaltou que ainflação no acumulado de 12 meses ainda está emalta, por conta de influência dos meses em que houve alta dospreços. “Daqui para frente a inflação cairátodos os meses”, afirmou.Ele disse ainda que opagamento do 13º salário neste segundo semestre, comrecebimento pelos aposentados neste mês, “não deverápressionar a inflação, porque a economia estápreparada”, por meio de investimentos do setor produtivo. “Temosmais produtos do que demanda. Não vejo nenhum setor com faltade produtos. Além disso, podemos importar”, disse. Mantega afirmou que outros países que tiveram altas taxas de crescimentoeconômico agora se deparam com gargalos, como falta degasolina e de infra-estrutura, o que gera inflação. “OBrasil decidiu adotar um crescimento mais seguro”.