Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A expansão de 2,7% verificada na produção industrial em junho aponta uma "recuperação significativa" da atividade no país, na avaliação do coordenador de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Sílvio Sales. Segundo a Pesquisa Industrial Mensal, divulgada hoje (1º), a produção industrial brasileira acumula alta de 6,3% no primeiro semestre de 2008, na comparação com o mesmo período de 2007, a maior expansão para o período desde 2004."O setor rompe um quadro de estabilidade que se observava na produção, ainda que em nível elevado, dando um salto. E o mais importante é que esse resultado é conseqüência de crescimento mais espalhado, com um evidente grau de dispersão", afirmou Sales. Em junho, 23 dos 27 ramos pesquisados registraram acréscimo. A principal contribuição veio do setor de veículos automotores (9,8%), seguido por máquinas para escritório e equipamentos de informática (14,2%); minerais não-metálicos (5,8%); outros produtos químicos (2,6%); e borracha e plástico (4,4%). Por outro lado, as quedas verificadas em edição e impressão (-4,5%) e alimentos (-0,6%) exerceram as pressões negativasmais relevantes.Sílvio Sales também destaca o bom desempenho dos bens de capital (máquinas e equipamentos), que apresentaram a expansão mais intensa entre as categorias de uso (7,7%), seguido pelos bens de consumo duráveis (7,0%). Também houve alta em bens intermediários (2,8%) e bens de consumo semi e não-duráveis (1,2%).Na comparação com junho do ano passado, houve acréscimo da produção em 21 das 27 atividades analisadas. A expansão do setor automobilístico foi de 19,4%. Também registraram avanço as produções de outros equipamentos de transporte (39,5%) e de metalurgia básica (8,3%). No primeiro semestre de 2008, 21 das 27 atividades apresentaram incremento de produção. O destaque, mais uma vez, foi o setor automobilístico, que teve alta de 18,4%. Também apresentaram crescimento as indústrias de outros equipamentos de transporte (33,1%) e máquinas e equipamentos (9,4%), na comparação com o primeiro semestre doano passado.