Ministra diz que mulher se torna invisível quando se discute macroeconomia

21/07/2008 - 13h28

Da Agência Brasil

Brasília - O impacto da macroeconomia na vida das mulheres da Índia, Brasil e África do Sul (grupo conhecido como Ibas) é o foco das discussões do Fórum Ibas, que tem como tema “Gêneroe Macroeconomia: uma abordagem de feminista”.O encontro vai até amanhã (22), em Brasília, reunindo especialistas dos países do grupo. Ao participar do encontro, a  secretária especial de Políticas para as Mulheres, ministra Nilcéia Freire, disse que é preciso dar visibilidade o trabalho das mulheres."As mulheres setornam invisíveis quando se discute macroeconomia, quanto asua contribuição no setor produtivo”.Para Nilcéia, adesigualdade de gênero ainda é muito presente nos trêspaíses que compõem o Ibas. Por isso, é importante assegurar que os benefíciosdo progresso econômico sejam divididos de maneiraigualitária entre homens e mulheres.A ministra de ObrasPúblicas da África do Sul, Angela Didiza, afirmou queé necessário pensar em maneiras de medir a contribuiçãodo trabalho feminino, inclusive o doméstico, na economia. Ela ressaltou que a falta de valorização dotrabalho feminino pode ser observada nos baixos salários pagosa mulheres no Brasil e na África do Sul.Para Didiza, o fórum é importante para compartilhar experiênciase idéias. “Ibas é uma estrutura para aprofundar, nãosó a integração econômica, mas tambéma cooperação entre as pessoas”, afirmou a ministra.Angela Didizaconsiderou importante que a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres tenha status de ministério noBrasil. Segundo ela, na África do Sul existe um órgãosemelhante, também vinculado à Presidência da República,mas sem a mesma “autoridade”.