Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Justiça, Tarso Genro, comentou há pouco que o novo pedido de prisão preventiva do banqueiro Daniel Dantas não entra em conflito com a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, que concedeu ontem (9) um habeas corpus para soltá-lo."Não é um conflito com a decisão do habeas corpus. Não é um desrespeito. É um outro capítulo do processo. Assim como entendemos como absolutamente razoável a concessão de habeas corpus dentro da normalidade brasileira, é necessário dizer que esse decreto de prisão preventiva tem amparo total na legalidade do país", afirmou Tarso, depois de se inteirar sobre a decisão da Justiça Federal em São Paulo.Questionado se estava com a 'alma lavada' com a nova prisão do banqueiro, Tarso respondeu que não se surpreendeu, mas que "trata os fatos de forma desapaixonada".De acordo com o ministro, a decisão judicial mostra que pessoas que se consideravam intocáveis pela lei também têm que responder à Justiça. “Queremos que a leiseja cumprida. Nesse caso, sobretudo, que se tenha o mais profundoesclarecimento de um crime contra o sistema financeiro brasileiro." Tarso acrescentou: “Um processo dessanatureza, importante para o país, tem uma pedagogia para asociedade. As pessoas se sentem confortáveis em ver que todosrespondem quando existem suspeitas graves”, completou.Dantas foi preso naúltima terça-feira (8) pela OperaçãoSatiagraha, da Polícia Federal, acusado de envolvimento emdesvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro e corrupção.No final da noite de ontem (10), o presidente do Supremo TribunalFederal (STF), Gilmar Mendes, mandou soltar o banqueiro. Na tarde de hoje, ojuiz da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, Fausto deSanctis, mandou prendê-lo novamente, em razão de outro pedido feito pela PF.