Da Agência Brasil
Brasília - Cerca de 35 mil funcionários do Instituto Nacional doSeguro Social (INSS) paralisaram hoje (10) o atendimento ao público em agências e postos de todo país. A paralisação de hoje será de 24 horas e terá caráter de advertência, mas se não houver negociação, existe um indicativo de greve, portempo indeterminado, a partir do dia 5 de agosto. Essa possibilidade será discutida pelos representantes dossindicatos, em Brasília, neste fim de semana.A categoria reivindica melhores condições de trabalho,contratação de novos funcionários, reajuste salarial, a reabertura depostos fechados e a abertura de novas agências, segundo um dos representantes do grupo de trabalho denegociação do INSS, Rolando Medeiros, presidente da Federação Nacional dos Servidores Públicos (Fenasp) e presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência(Sinsprev) no estado do Rio de Janeiro."É mais um alerta ao governo, em virtude de uma sériede negociações que nós viemos realizando nos últimos anos, ondeapresentamos uma pauta de revindicações, que não foi cumprida”, afirmou Medeiros. Dentro das reivindicações, a categoria avalia queexiste uma falta de compromisso do governo em relação às condições detrabalho para os servidores e de atendimento para a população. Elestambém querem a abertura de novas agências e a reabertura de váriasunidades do INSS, que foram fechadas “sob a alegação de aluguéis caros, imóveisprecários, que seriam reabertos em novos endereços, mas isso nãoocorreu”, explicou Medeiros.A questão salarial também está sendo discutida napauta de revindicações. De acordo com Medeiros, osservidores querem a equiparação dos salários entre ativos eaposentados, a readequação da carreira previdenciária e que o governonão trate o servidores "somente numa relação produtivista, onde oservidor vai receber somente pela produção que ele fizer".“Pegar o servidor, que trabalha 30 horas, e forçá-loa trabalhar 40 horas, é dizer que não vai contratar novos servidorespara atender o público, além de sobrecarregar os funcionários, que vãotrabalhar mais e prestar um serviço de pior qualidade”, afirmou Medeiros.Ele completou afirmando que também há um déficit defuncionários. "Nos anos 1980 nós tínhamos 75 mil servidores no sistemaintegrado de previdência social, e hoje nós temos cerca de 35 milservidores”, disse Rolando Medeiros..