Países ibero-americanos formam rede de museus durante fórum em Santa Catarina

10/07/2008 - 11h57

Morillo Carvalho
Enviado especial*
Florianópolis - Em paralelo às atividades do 3º Fórum Nacional de Museus, que ocorre desde segunda-feira (7) em Florianópolis (SC), representantes de 22 países participam do 2º Encontro Ibero-Americano de Museus. Sete deles decidiram criar, na tarde de ontem (9), o programa Ibermuseus, uma rede de instituições museológicas que promoverá intercâmbio de dados e informações.O programa fará parte das ações da Organização dos Estados Ibero-Americanos. No total, Espanha, Brasil, Argentina, Colômbia, Chile, Peru e Equador, países fundadores do Ibermuseus, contribuíram cada um com US$ 40 mil, exceto a Espanha, que dará 200 mil euros. A expectativa é de que os recursos dupliquem até 2010.“A formação da rede Ibero-americana é um projeto que o Brasil tem sido incentivador. Nós estamos construindo as ações, que vão integrar as questões ibero-americanas e os museus, favorecer a troca de conhecimentos e de experiências. E vamos avançar nessa integração, inclusive com um fundo de financiamento dos museus ibero-americanos”, afirmou o diretor do Departamento de Museus (Demu) do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), José do Nascimento Júnior.No fim do mês de outubro, quando os chefes de Estado ibero-americanos se reunirão em El Salvador, a rede deve lançar o  portal do grupo na internet. Desenvolvido pelo Demu, em parceria com o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), a página terá informações sobre museus de todos os países que se cadastrarem – e não apenas dos sete países do programa Ibermuseus.“Isso nos orgulha, porque é tecnologia brasileira a serviço de uma causa internacional e que mostra que nossos técnicos e nossas tecnologias dialogam com as questões internacionais”, analisou Nascimento, após a aprovação do rascunho do site, ontem à tarde.