Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O ministro de Minas eEnergia, Edison Lobão, disse hoje (10), ao visitar a sede doOperador Nacional do Sistema (ONS), no Rio de Janeiro, que adevoluçãoantecipada de energia pela Argentina é “uma sinalizaçãode que a situação começa a se normalizar. Estaantecipação do acordo é prova de que nãohavia nenhum risco de perdemos esta energia fornecida àArgentina nos moldes em que o foi feito". Segundo ele, aArgentina já devolveu ao Brasil cerca de 1.000 megawatts deenergia e que, hoje, deverão ser acrescentados outros 1,2 milmegawatts. Lobão lembrouque o acordo entre o Brasil e a Argentina previa que o paísfornecesse, diariamente, aos argentinos cerca de 900 a 1.000megawatts (MW) nos meses de maio, junho e julho - parte provenientede fontes hidrelétricas e parte de fontes térmicas. Em contrapartida, aArgentina devolveria os mesmos volumes fornecidos para o Brasil nosmeses de setembro, outubro e novembro.Para Lobão, osistema de integração adotado funcionou em suaplenitude. "Ajudamos um país amigo, que necessitou daenergia em um momento dramático da vida deles, com um invernomuito rigoroso, e agora começa a haver a devoluçãodo volume fornecido", observou. O ministro informouainda que o Brasil recebeu cerca de 200 megawatts de energia daVenezuela para abastecer o estado de Roraima e, em contrapartida,forneceu cerca de 70 megawatts para atender a uma demanda doUruguai.Com relação ao volume fornecido àArgentina, a partir das unidades térmicas, Lobãoesclareceu que o país recebeu por essa energia, em dinheiro,“a preço de mercado”.