Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente do Senado,Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), deu explicações hoje(10) sobre a decisão da Mesa Diretora da Casa de permitir a criaçãode 97 novos cargos sem a realização de concursopúblico. De acordo com o texto, senadores e lideranças poderão contratar mais um assessor de gabinete, a partir de agosto, com salário de R$ 9.979,24. Garibaldi ressaltou que foi o único parlamentar a votar, ontem (9), contra a decisão. "Não hácomo se ter uma explicação mais convincente para isso.Fiz uma advertência de que isso não deveria ser colocadoem votação. Votei terminantemente contra, porque creioque o momento não é apropriado para nenhuma criaçãode cargo e nem aumento de qualquer natureza", afirmou Garibaldi.As contrataçõescustarão quase R$ 1 milhão a mais por mês aoSenado. Mas, segundo Garibaldi, "o problema não é financeiro, épolítico, de natureza estrutural. O Senado, na verdade, nãoestá precisando criar mais cargos. Há outrasprioridades". Ele acrescentou que o concursoanunciado para a Casa "é muito mais necessário queo aumento de cargos dessa natureza".Os senadores, noentanto, não são obrigados a fazer essas contratações.O diretor-geral do Senado, Agaciel da Silva Maia, explicou que todavez que a Câmara aumenta a verba de gabinete – como aconteceuem abril deste ano – o Senado cria um cargo com valorcorrespondente ao reajuste dado aos deputados."O senado hojegasta menos da metade do que pode gastar por lei. Quem decide se énecessário ou não são os gabinetes dossenadores. E ninguém tem a obrigação depreencher esse cargo. Hoje um senador tem direito a seis assessores eseis secretários parlamentares", explicou. Eleacrescentou que esse valor poderá ser fracionado com acontratação de mais assessores de gabinete por um valormenor do que o anunciado.